Com pouco mais de duas semanas de conflito entre Rússia e Ucrânia, o Brasil, membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, se manifestou em posição de neutralidade em relação à guerra.
Em parceria com a @EXAME, o Instituto IDEIA entrevistou 1.269 pessoas, entre os dias 5 e 8 de março para analisar a percepção pública sobre a postura do governo brasileiro em relação ao conflito.
Para 65% dos respondentes, a imparcialidade do país é correta, devido à posição comercial do Brasil com alguns dos países envolvidos. Entre os entrevistados, existe a parcela de pessoas (62%) que defende que a Ucrânia está certa em seu posicionamento na guerra, enquanto apenas 6% avaliam que a Rússia tem razão.
O impacto político no Brasil não será tão sentido quanto o impacto econômico. Principalmente no setor do agronegócio e de combustíveis, como gasolina e diesel, os brasileiros passarão a sentir a elevação dos preços nos próximos meses. Isso se deve à grande influência comercial que a Rússia possui na exportação de petróleo e de fertilizantes químicos utilizados na agropecuária brasileira. Segundo a pesquisa, além destes produtos, a indústria do trigo deve sofrer impactos pois Rússia e Ucrânia juntas representam quase 30% do mercado exportador da commodity.
Com a alta da inflação, os brasileiros têm se preocupado ainda mais com a possível subida nos preços da gasolina e de alimentos. E o cenário para os próximos meses dependerá de como será o diálogo entre Rússia e Ucrânia, bem como a postura adotada por membros da OTAN e das Nações Unidas.
Acesse a pesquisa completa no site: https://exame.com/brasil/guerra-na-ucrania-65-dos-brasileiros-concordam-com-neutralidade-do-pais/
Vídeo: @rayra
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